Durante a palestra, Luís Antonio Camargo falou sobre a rotina de procurador-geral do Trabalho. “Uma das atividades mais delicadas, mas ao mesmo tempo mais gratificantes, é o resgate de trabalhadores em situação de maus-tratos. Participo deste tipo de operação desde o começo da década de 1990. Atualmente, sinto que estamos mais organizados e articulados, tanto que o número de resgatados tem diminuído. O Ministério Público do Trabalho tem a obrigação de interferir na defesa da ordem jurídica, dos interesses sociais e individuais indisponíveis”, declarou.
Segundo ele, o profissional que atuar nessa área deve ter a convicção de que seu trabalho é fundamental para o estado democrático, pois o papel fundamental do MPT é zelar pela defesa da Constituição Federal. Ele espera que os interessados e futuros postulantes à carreira no órgão tenham ciência disso, e deu uma dica para quem quiser seguir no MPT.
“A vida do procurador tem certa dose de tensão, pois sempre há o enfrentamento com pessoas poderosas. Mas por outro lado, há a questão do orgulho de pertencer ao MPT, pois se trata de uma instituição extremamente sólida e firme, com balanço altamente positivo diante da sociedade. O procurador deve ser sempre indignado. Deve manter a indignação, enquanto houver um homem marcado a ferro numa fazenda do interior, ou uma criança trabalhando em um lixão. Com este sentimento, e com a nossa atuação, estes graves problemas serão erradicados. Com acúmulo de estudo e preparo os interessados serão bem-vindos, pois, historicamente, sobram vagas”, completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário